quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Por uma Ontologia Strikista
Isto é sabido, mas igualmente é certo que “penso, logo existo”, e “só sei que nada sei”.
Note-se que a aparente contradição das formulações acima expostas só espantam quem não conhece, e também quem conhece demasiado, sobre a história da Filosofia, bem como sobre os fundamentos teóricos do Strikismo Positivista, a única teoria do Ser devidamente integrada, porque por si mesma desintegrada, no reconhecimento da Totalidade-que-é-parcial-e-assim-por-o-ser-é-verdadeira-totalidade.
Muitos pensaram sobre o esforço necessário para “reconciliar” uma Ontologia totalizante do Ser com a dúvida cartesiana; mas nós, strikistas postivistas, declaramos que tal oposição nunca existiu, ou, se existiu, quer dizer o mesmo que se não existisse. Consideremos desde logo as categorias fundamentais da Totalidade e da Dúvida:
Duvidar é totalizar a Existência na Dúvida; bem como existir não é, senão, viver a dúvida de si a si mesmo. As identidades são funcionais; mas também as funções são identitárias, e duvidar é uma função da identidade que pode ou não estabelecer-se como “região” da existência (o que, é bom de ver, significa o mesmo que “totalidade” da existência como o demonstra o grande filósofo H.)
Mais até: se demonstrámos como a estúpida ideia ocidental da irredutibilidade entre os grandes filósofos D. e H. não passa de um desvio da verdadeira doutrina strikista, na verdade isso também significa que o seu contrário pode e deve também ser considerado verdadeiro. Pois esses dois pontos de vista podem também (e devem também) ser admitidos como totalmente irrealizáveis entre si, desde que, e como é bom de ver, se perceba que isso é a condição necessária para a realização de si a si que a totalidade dos pontos de vista exige, desde que se permaneça na particularidade que o ponto de vista em si pressupõe, não esquecendo, obviamente, que o particular por ser categoria da totalidade é, desde o princípio, totalidade em si mesmo ou o contrário disto (a este respeito consultar o outro-grande-filósofo-H.).
Quanto ao grande-grande filósofo-antigo-sem-deixar-de-ser-moderno S.-mais-conhecido-por-P., (que é, também, um filósofo menor à luz destas teorias), atrevemo-nos a considerar que o “só sei que nada sei” é, na verdade, a mais antiga formulação do Strikismo original – desde que, obviamente, entendida como deve ser e sempre deveria ter sido, ou seja, à maneira Strikista (positivista, pois quanto aos traidores negativistas, bem sabemos como foram merecidamente queimados nas fogueiras de 665 d.C.). Esta formulação, que prova a influência decisiva que o Strikismo tem em toda a cultura ocidental, e em todas as culturas, e naquilo que há para lá das culturas, e naquilo que não é nada disto, diz-nos resumida e ontologicamente que ao sabermos que nada sabemos sabemos também por definição que tudo sabemos – pois se saber é nada saber, então nada saber é saber (por modus ponens, evidentemente); logo saber é nada saber, e nada saber é saber (noto o “é” da questão, que nos remete finalmente para o filósofo H.)
domingo, 11 de outubro de 2009
A strikáfora.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Manifesto Strikista Positivista: mais um esboço, ou não, do mesmo (embora diferente).
MANIFESTO STRIKISTA POSITIVISTA
Anda um espectro pelo universo — o espectro do Strikismo Positivista, ou não. Todos os poderes da civilização moderna aliaram-se, desfragmentado-se, numa santa caçada a este espectro: o Papa, Hugo Chavez, Banksy, o experimentalismo europeu, Japanoise, radicais, não tão radicais e não radicais franceses, belgas e polícias alemães – os piores.
Onde está o movimento que poderá, ou não, ser artístico, e poderá, ou não, ser de oposição que não tivesse, ou não, sido vilipendiado pelos seus adversários no governo como strikista positivista, onde está o movimento artístico de oposição que não tivesse arremessado de volta, tanto contra os oposicionistas retrógrados mais progressistas como contra os seus adversários reaccionários, a recriminação estigmatizante do strikismo positivista?
Deste facto concluem-se e, por outro lado, não se concluem, ou o contrário de ambas, duas coisas:
O strikismo positivista já é reconhecido por todos os poderes mundiais como um poder e um não-poder e um poder ser algo como um não-poder possível, ou não.
Já é tempo de os strikistas positivistas exporem abertamente, fechando-se, perante o mundo inteiro o seu modo de ver, os seus objectivos e a falta deles, as suas tendências, ou não, e de contraporem à lenda do espectro do strikismo positivista um Manifesto do próprio movimento.
Com este objectivo reuniram-se, em Alhos Vedros, strikistas positivistas, divergentes da corrente totalitária strikista e, mais ainda, da corrente strikista negativista, das mais diversas nacionalidades e delinearam o Manifesto seguinte, que é publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo, esperanto e unilíngua, ou não, sendo esta última hipótese (certeza?) a correcta, tendo utilizado o português como idioma para a elaboração, ou não, ou por outro lado, talvez, deste Manifesto.
A alienação e a opressão, bem como o seu contrário, nesta sociedade não podem ser mantidas sob qualquer uma, ou nenhuma, de suas variantes, mas somente rejeitadas em bloco com esta mesma sociedade, ou não. Todo progresso, bem como o retrocesso ou o regresso ao retrocesso, real fica evidentemente em suspenso até à solução revolucionária da crise multiforme do presente.
A igreja queimou noutros tempos, bem como noutros tempos, também, os pretensos feiticeiros para reprimir as tendências lúdicas primitivas conservadas nas festas populares. Na sociedade hoje dominante, que produz massivamente tristes pseudo-jogos da não-participação, uma actividade artística verdadeira, sendo falsa – obviamente - é forçosamente classificada no campo da criminalidade. É semiclandestina. Surge na forma de escândalo ou não-escândalo, sempre que possível, bem como no seu contrário.
Mas o que é o strikismo positivista? Partindo do (não) projecto strikista, situando-se no pólo oposto, ou não, do strikismo negativista, trata-se da realização, ou não, de uma methexis superior, ou inferior, que mais exactamente é provocado pela presença, ou não, do homem. Os jogadores revolucionários de todos os países podem reunir-se na Internacional Strikista, para começar a sair da pré-história da vida quotidiana – e podem fazê-lo todos os dias, da mesma forma, ou não fazê-lo todos os não-dias da mesma não-forma – eis a beleza e, claro, simultaneamente, o horror do strikismo positivista.
A partir de agora, bem como de outrora, propomos, negando, afirmando e voltando a negar a afirmação da negação, bem como o seu contrário, uma organização autónoma dos produtores da nova cultura, duma mimesis moderna, independentes das organizações políticas, mas dependendo delas – claro – que existem neste momento, pois questionamos a sua capacidade de organizar mais que a manutenção do que existe ou não existe.
Somos (não sendo) contra a arte pois de arte está o mundo cheio, ou não.
Somos a favor da arte, não sendo, no sentido que todos deveremos actuar, ou não, como demiurgos, essencialmente, não levantando um dedo, no geral, podendo isto ser assim ou não e o seu contrário.
Queremos o Mundo e a sua destruição.
Queremos o Inverno e o Verão, já. Ou não.
E exigimos ser, ou não, tratados por “você”.
Longa vida ao Strikismo e ao seu fim (não finalidade, mas também).
Longa vida à morte – que o acabado assim fique, ou não, para sempre, ou até logo.
Longa vida à inexistência e ao seu contrário, ou não.
Alhos Vedros, 23 de Janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
23 de Janeiro - Formação da Célula Strikista Positivista de Londres
sábado, 17 de janeiro de 2009
Primeiro esboço de um manifesto, ou décimo segundo não-esboço de um não-manifesto
O trabalho-lazer teórico-prático ocupará (ou não nos tomará qualquer tempo) a reflexão irreflectida do Strikismo Positivista pujante mas debilitado, em busca ou não de uma resposta ou de uma pergunta a uma ou duas destas duas, que são uma, questões:
- É a realidade, ou não?